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#Cafénomia – A queda de uma gigante, oportunidades à frente?

E foi declarada a falência da Americanas… Confesso que, se alguém me falasse no dia primeiro de janeiro que uma das grandes empresas brasileiras de varejo, com aproximadamente 23 anos de mercado, fosse pedir recuperação judicial, eu falaria que essa pessoa estaria louca! Concordaria que a situação está difícil para todas, mas nenhum número apresentado por elas dizia tal coisa. Da mesma forma que eu fiz essa afirmação, o mercado também assim pensava. Os números estavam ruins e ninguém pensou que o maior problema da empresa não era operacional, e sim nos próprios números apresentados.

Para tentar entender o que ocorreu, decidi fazer um compilado das informações que juguei mais relevantes até o anúncio do processo de recuperação judicial. E posso falar que o que mais me chocou foi a velocidade com que informações novas eram descobertas.

Segunda-feira (16): diversas informações foram divulgadas em questões de horas. Porém, houve uma singela calmaria refletindo as bombas jogadas pelo BTG e as agências de Rating do dia anterior. Parecia que o pior já tinha sido conhecido e que a empresa estaria utilizando da “Tutela de Urgência Cautelar” para não pagar somente os contratos de dívidas que poderiam ser solicitados resgate antecipado. Ou seja, somente os que não teriam impactos previstos no caixa, já que a informação passada anteriormente de que o caixa da empresa não estaria comprometido era verdadeira.

Porém, tivemos o balde de água fria aos detentores de dívida da empresa de que nem mesmo os juros já programados seriam pagos e vimos que a situação estava praticamente sem nenhuma esperança.

Apesar de tudo o mercado não despencou como poderia ocorrer. O mercado estava muito volátil, restaram os especuladores e quem já perdeu o que tinha que perder e não fazia mais sentido realizar o prejuízo.

Porém, como tudo que está ruim pode piorar, na tarde da quinta- (19),  a empresa emite mais um fato relevante informando que abriu um pedido de recuperação judicial, dpois não consegue mais honrar suas dívidas, nem as já planejadas de pagamentos anteriores.  O seu caixa passou dos R$ 7,8 bilhões informados anteriormente a aproximadamente 800 milhões somente.

Nunca foi visto uma queda tão grande quanto essa na bolsa brasileira. Nem mesmo a fraude do Eike Batista chegou a tais patamares de quedas diárias. O que esperar agora para as demais empresas do setor? Elas estão no mesmo caminho? Não aparentemente.

Com as notícias da semana passada e a nova empresa em recuperação judicial totalizando 91% de queda no período, tivemos empresas que saíram quase inalteradas com a notícia, que é o caso de VIIA3, que variou somente 12% (para a empresa, é uma variação normal no decorrer do período), e tivemos empresas que foram impulsionadas pelas notícias da queda da concorrente e a possível abertura para que possa crescer mais a atender mais o mercado ainda que foi o caso da MGLU3.

Apesar de tudo, eu aconselho cautela. Não sabemos quais empresas mais realizam o mesmo lançamento da AMER3. Informações falsas podem fazer com que seu investimento esteja inteiramente errado.

Nunca subestime o que uma carteira de ações diversificada pode fazer. Dos clientes que eu acompanhei, eles estavam bem diversificados e o impacto da queda da gigante foi sentido, porém o seu patrimônio total está seguro por conta da diversificação que eles tinham.

Não tenha uma má alocação, entre em contato com seu assessor.

Marcello Corsi Janota de Carvalho – Economista e Operador da Mesa de Renda Variável

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