Por: Ricardo Leite – 17/06/2024
Nesta semana, o mercado já aposta na manutenção da taxa de juros pelo Copom. O relatório Focus divulgado nesta manhã reforça essa expectativa, indicando que não devem ocorrer mais cortes nos juros ao longo deste ano. Essa previsão é sustentada por dois fatores principais.
1. Mercado Externo
Os dados robustos da economia americana têm levado o Federal Reserve (FED) a adotar uma postura cautelosa em relação ao início da flexibilização monetária. As expectativas de cortes nos juros, que inicialmente apontavam para maio, foram adiadas para junho, depois setembro, e agora o mercado espera que a flexibilização comece apenas em dezembro deste ano. Esse cenário aumenta a pressão cambial, uma vez que os títulos “seguros” dos Estados Unidos se tornam muito mais atrativos do que outros títulos ao redor do mundo, especialmente em mercados emergentes como o Brasil.
2. Risco Fiscal Interno
Outro ponto crucial é o risco fiscal que o Brasil enfrenta. O embate entre a área política e a área técnica econômica do atual governo só aumenta a desconfiança entre os investidores, principalmente os estrangeiros. Críticas nas redes sociais por parte de líderes políticos apenas agravam a instabilidade interna. O resultado? Investidores estrangeiros, cada vez mais cautelosos, preferem ficar de fora dessa disputa nacional. Isso leva à evasão do “big money” do nosso país, afetando diretamente nossas empresas, que enfrentam créditos caríssimos, e a população, que não consegue se estabelecer economicamente. O ambiente de caos vai se formando novamente no “Brasil, o país do futuro”.
Reflexão Necessária
A pergunta que fica é: quando os envolvidos vão entender que a parte econômica é complementar à social e que o social é fundamental para fortalecer o econômico? Talvez isso aconteça quando pararem de olhar apenas para o próprio umbigo e realmente pensarem no desenvolvimento do gigante Brasil, que tanto brigam para governar.
Conclusão
A manutenção da taxa de juros pelo Copom, influenciada por fatores externos e internos, reflete um cenário complexo e desafiador. É essencial que haja uma compreensão mútua entre as áreas política e econômica para que o Brasil possa avançar de forma sustentável e equilibrada. O desenvolvimento econômico e social deve caminhar lado a lado, visando um futuro próspero para todos.