Na semana passada, tivemos a liberação de um dado econômico extremamente importante para a economia mundial, os dados de emprego do cidadão urbano estadunidense. Nele, tivemos algumas informações importantes, entre elas, a criação de empregos e a taxa de desemprego. Nessa última divulgação, tivemos um número de criação de empregos acima do esperado, porém, tivemos um aumento na taxa de desemprego. É contraintuitivo pensar que, apesar de ter sido criado mais vagas de trabalho do que o esperado, o desemprego aumentou, porém, vou comentar mais sobre um dos indicadores mais subestimados e mais mal avaliados do mercado financeiro, a taxa de desemprego.
Primeiramente é importante destacar que a taxa de desemprego não é facilmente calculada. Não é simplesmente pegar a quantidade de pessoas trabalhando e dividir pela população total. A taxa de desemprego depende de diversos fatores que são perguntados quando se vai calcular o índice. Se você está trabalhando ou não é a mais óbvia, mas esquecem de considerar aqueles que não estão trabalhando atualmente e aqueles que nem procurando um trabalho estão. Isso somente para citar uma parte das diversas peculiaridades que tem que ser levadas em conta quando vamos buscar um dado fidedigno. Isso corrobora com algumas interpretações erradas.
Vamos pegar como exemplo o próprio Estados Unidos. Pegando os dados que obtive pelo TradingView (imagem acima). O percentual de pessoas empregadas na economia norte americana vem caindo drasticamente desde meados de 2001. Sua queda começou a ficar cada vez mais nítida (verificamos o período pós crise de 2008). Mas, se compararmos esse dado com o número de pessoas atualmente desempregadas que foi divulgado na sexta-feira (10), é posssível verificar que atualmente estamos muito longe dos 3,6% informados.
O mercado de trabalho passou por diversas transformações ao longo dos anos, inclusive a parte social. Vemos que, desde a grande crise de 2008, tivemos diversos auxílios governamentais e uma mudança de eixo na economia estadunidense, de modo que diversas pessoas podiam optar por ficar mais tempo sem trabalhar por conta dos auxílios dados pelos governos. No parâmetro mundial, os auxílios fizeram com que diversas pessoas aceitassem de bom grado ficar temporariamente sem emprego para aproveitar do auxílio desemprego que, durante a pandemia, chegou a ser estupidamente superior ao salário médio brasileiro, por exemplo.
Trabalhar não é algo fácil, todos que tiveram que trabalhar uma vez na vida sabem disso, logo, a partir do momento que a pessoa tem chance de ganhar mais desempregada, do que através do suor de seu rosto e de noites mal dormidas, é uma escolha economicamente lógica de trocar a carreira pelo que está ganhando mais no momento.
Isso fez com que, não somente nos Estados Unidos, mas o Brasil também, tivesse um dado maquiado de desemprego onde se acreditava que a economia estaria cada vez mais em pleno emprego, enquanto na verdade estava cada vez mais inflada com a quantidade de dinheiro que era despejado pelo governo na economia interna.
Nenhum dado é perfeito e tem falhas que, apesar de sempre trabalharem para corrigir, nunca ficará 100%. Infelizmente, diversos dados podem ser mal interpretados ao serem analisados pela maioria das pessoas, visto que não possuem especialização para tais análises.
Em momentos como esse, vemos como os analistas e especialistas se destacam. Eles estudam e vivem 24/7 dedicados a aprenderem e analisarem os acontecimentos do mundo e a melhor forma de reagir a eles. Na assessoria de investimentos, vemos de perto o que uma carteira condizente com o que os analistas recomendam pode render a mais no longo prazo, com risco controlado, com as que não tem esse acompanhamento.
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Marcello Corsi Janota de Carvalho – Economista e Operador da Mesa de Renda Variável
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Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil