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#Cafénomia – Emprego Norte Americano: A faca de dois gumes

Na última sexta-feira (05), tivemos a divulgação do Payroll dos EUA. Nele, tivemos uma criação de vagas muito acima do esperado, redução do desemprego e aumento do salário médio bem acima do previsto. A divulgação da notícia, que reflete no Brasil de maneira positiva, foi recebida inicialmente com temor por parte do mercado, fazendo com que aumentassem as curvas futuras de juros dos Estados Unidos e por toda sua extensão. Porém, ao analisarmos melhor os dados, vimos também que ocorreu um aumento considerável das bolsas Americanas e mundiais. Essas notícias estão causando uma certa “confusão” para a maior parte da população que não é especializada no assunto. Vou explicar…

Nesse momento de mercado, o assunto mais comentado é sem dúvidas a taxa de juros e uma possível recessão da maior economia do mundo. Por isso, diversos indicadores, que até alguns anos atrás eram pouco comentados, ganharam destaque por serem os referenciais para que os tomadores de decisões possam executar sua tarefa que, à primeira vista é bem simples, de aumentar, reduzir ou manter os juros. Se mostrando de forma penosa, por poder desequilibrar completamente a economia mundial, caso seja feita de forma equivocada.

Um dos dados analisados é justamente o Payroll, usado como base para se prever o resultado de diversos dados que virão tempos depois como a inflação.

Hoje, a inflação é um temor global. Com ela descontrolada, será repetido o que o Brasil viveu no período hiperinflacionário brasileiro. Produtos que não se sabiam o valor real, a falta de comida em diversas prateleiras e os empregos sendo perdidos e depreciados, à medida que seus salários eram corroídos e não conseguiam subir no ritmo em que os preços também subiam. Desta forma, fazendo com que a população empobrecesse. Para evitar que isso ocorra novamente, os responsáveis pelo Banco Central de cada país, controlam as taxas de juros, reduzindo o incentivo ao consumo e fazendo com que menos dinheiro circule na economia. Por consequência, temos um dos grandes geradores, mas não o único da inflação, perdendo tração e evitando problemas futuros.

Porém, da mesma forma que se reduz o processo inflacionário, temos também uma contraparte onde a economia como um todo desacelera também. Isso pode até mesmo acarretar processos de recessão, que é exatamente o que ocorreu em 1929, quando o FED aumentou de forma imprudente e intensa demais os juros Norte Americano.

Não somente a inflação elevada, mas também o medo da recessão é o que está no coração daqueles que temem pela economia mundial. Dentre as piores situações que podiam ocorrer, o que é mais difícil de se contornar, é o processo de estagflação, onde se tem uma inflação elevada com uma economia em recessão.

O que tivemos hoje, foi uma “faca de dois gumes” para a economia. Da mesma forma, com o resultado do aumento e a redução de empregos e o aumento do salário, gerando temores sobre a continuação de uma inflação elevada. Ela também gera um alívio de que a economia não está entrando em um processo de recessão. Pelo menos ainda não.

O que nos resta é continuar acompanhando os demais indicadores econômicos. Se tivermos uma desaceleração da inflação e não ocorrer uma grande redução do ritmo de crescimento, estaremos a salvo do estagflação. Porém, caso isso não ocorra é bom você não estar altamente endividado, tendo um bom “colchão” de liquidez aplicado.

Para manter a carteira bem alocada, recomendo manter contato constante com seu assessor de investimentos.

Marcello Corsi Janota de Carvalho – Economista e Operador da Mesa de Renda Variável

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