Conglomerado bancário do Itaú Unibanco deixa de participar da administração da XP, informou o BC.
O Banco Central (BC) aprovou a cisão da participação do Itaú Unibanco na XP Investimentos. A decisão foi tomada na sexta-feira (23) e anunciada nesta terça (27) pelo BC.
A cisão se dá devido à transferência das ações da XP de titularidade do Itaú Unibanco para a XPart, uma nova empresa do grupo Itaú, mas que não pertence ao conglomerado bancário. Essa nova empresa tem sede nos Estados Unidos.
A XPart, por sua vez, torna-se parte do acordo de acionistas com a XP, com os mesmos direitos e obrigações atribuídos até então ao Itaú Unibanco, de modo que o conglomerado bancário do Itaú Unibanco deixa de participar da administração da XP, informou o Banco Central.
A operação já tinha sido aprovada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, e faltava apenas o aval da autoridade monetária brasileira. As ações da XP são listadas na bolsa americana de empresas de tecnologia (Nasdaq), por isso a operação teve que ser submetida também ao Fed.
Em nota, o Banco Central brasileiro afirma que “não se verificaram riscos prudenciais ou concorrenciais para o Sistema Financeiro Nacional (SFN) nessa alteração organizacional”.
Diz, ainda, que permanecerá vigilante aos efeitos concorrenciais de movimentações societárias ocorridas nos mercados sob sua supervisão, podendo “adotar medidas de ajuste que se façam necessárias à preservação da concorrência”.
O acordo definitivo para cisão ações da XP de titularidade do Itaú Unibanco foi fechado após uma briga pública entre os fundadores da corretora independente de investimentos e dirigentes do banco.
Em 2017, o Itaú Unibanco anunciou a compra de 49,9% da XP Investimentos. O negócio foi fechado em 2018 e envolveu R$ 6 bilhões.
Fonte: G1
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